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RELATIVO AO PROGRAMA APRESENTADO EM 25/12/2006 NA TV CULTURA (HALITOSE)

Dr. João Rubens Montenegro
Prof. AA Laudanna
Dra. Esther Laudanna

Halitose

O Dr. João Rubens Montenegro, cirurgião dentista e convidado do dia, comentou que a halitose ou mau hálito é uma queixa freqüente podendo ou não a pessoa aperceber-se de seu mau hálito, o que pode ser real ou eventualmente episódico e sem significado maior. O indivíduo é alertado por terceiros e existem hoje, inclusive, aparelhos que avaliam o hálito, que são denominados halímetros, dispositivo esse que o Dr. João Rubens mostrou durante o programa. O sensor desse halímetro classifica o hálito como normal ou de halitose moderada ou forte. Métodos populares como a avaliação olfativa do raspado da língua são também utilizados pela população. Disse que o problema é muitas vezes da alçada do dentista e a causa está na boca, na gengiva ou nos dentes. As gengivites ou inflamações da gengiva, as cáries, as pontes fixas e pontes móveis, bem como as próteses mal adaptadas, respondem pela grande parte das halitoses. Nessas situações, a retenção de resíduos alimentares, submetidos à ação da saliva, promove o mau hálito. A higiene habitual e mesmo dedicada não consegue resolver o assunto, pois que os desajustes apontados só encontram solução por meio do dentista e ainda assim quando esteja este especialmente preocupado com o assunto e com o modo de resolvê-lo. É claro que a higiene e o escovar dos dentes pelo menos 3 vezes ao dia, além da atuação do dentista são preliminares indispensáveis à correção e eliminação da halitose.

Causas

Halitose tem causa e a remoção da causa cura a halitose. Esta informação é de grande importância, disse o Prof. Laudanna, pois que grande número de pessoas tornam-se realmente infelizes pela halitose e por vezes, muitas vezes, julgam que o assunto não tem solução ou que o culpado seja o fígado, o estômago e outros órgãos. A causa está sempre localizada por onde o ar passa, assim é que os males causadores podem estar localizados na boca, como já se disse; ao redor da boca como na mucosa nasal e nos sinus para-nasais; nas doenças bronco-pulmonares crônicas e eventualmente no estômago. Nas situações de rinites, faringites e amidalites, a ação do otorrinolaringologista é de regra decisiva, assim como o odontologista resolve os problemas dentários ou de próteses dentárias, como comentou o Dr. João Rubens Montenegro. As doenças crônicas bronco-pulmonares também são tratáveis. O que é importante assinalar, mesmo com repetição, é que a causa é praticamente sempre encontrável e removível: ela se situa no trajeto do ar, disse o Prof. Laudanna. Nunca será o chiclete, nem as neuroses conseqüentes, que resolverão o assunto que é de alta importância, dado o seu significado social, pessoal e afetivo.

Outras causas

A Dra. Esther Laudanna, pediatra e nutróloga, salientou que o abuso de certos condimentos tipo alho e cebola mesmo, podem contribuir para a halitose, não querendo isso dizer que não se devam comer alhos e cebolas. O próprio fumo e o álcool têm o seu papel. Existem “hálitos especiais” tais como o chamado hálito hepático, decorrente de doenças gravíssimas do fígado e que não correspondem ao que a população erroneamente atribui ao fígado; há também o hálito urêmico, próprio das graves insuficiências renais com grande elevação da uréia no sangue com ameaça da vida do paciente, se não for devidamente tratado. Salientou ainda a Dr. Esther a importância do tratamento das amidalites nas crianças e do recurso de “lavagem” do nariz do bebê com soro fisiológico sob indicação médica. É ainda da alçada do pediatra outras afecções da boca da criança tipo “sapinho” que é causada por um fungo (monilíase).

 

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