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RELATIVO AO PROGRAMA APRESENTADO EM 20/11/2006 NA TV CULTURA (Osteoporose)

Prof. Wilson Cossermelli
Prof. AA Laudanna
Dra. Esther Laudanna

Osteoporose e osteopenia

Os ossos são uma espécie de armação do corpo, que sustenta os músculos e os órgãos internos, comentou o Prof. Laudanna. Representam-se por uma matriz de proteínas que se associam à deposição de minerais, principalmente cálcio e fósforo, o que garante a necessária dureza e resistência dos ossos. Ao conjunto, matriz protéica e estrutura de cálcio e fósforo, denomina-se massa óssea. A perda maior ou menor da massa óssea constitui a osteoporose, que em grau menor recebe a denominação de osteopenia. Os termos osteoporose e osteopenia são freqüentemente usados com o mesmo sentido. O osso, além da estrutura agora comentada, aloja a medula óssea, a que o povo denomina de “tutano”. Enquanto que o osso no sentido de esqueleto permite o deslocamento e a modelação do próprio corpo, a medula óssea é outro órgão e destina-se à produção de células do sangue. Na osteoporose o osso fica frágil, com perda de matriz protéica e de material cálcico, tornando-se relativamente “transparente” ao exame radiográfico. A osteoporose atinge com assiduidade a mulher a mulher a partir da menopausa, as pessoas idosas de ambos os sexos, existindo também no sexo masculino por volta dos 50 anos, em freqüência maior do que se pensava. Compromete mais as mulheres nesse período etário, mas não é exclusivo das mulheres.

Riscos e sintomas

A osteoporose é geralmente assintomática, comentou o Prof. Wilson Cossermelli. Este fato expõe a pessoa a maior risco de fraturas inesperadas, inclusive por traumatismos ou entorses relativamente pequenos. O osso está enfraquecido, como se tivesse emagrecido. Nos velhos, de ambos o sexos, favorece a fratura do colo do fêmur, com todo seu potencial de gravidade. Na criança equivale ao raquitismo. A calcificação dos ossos é favorecida pelo sol matinal, pela boa alimentação e pelos exercícios. Sumariamente pode-se dizer que a prevenção está no sol, no exercício físico e na suplementação dietética adequada, especialmente rica em cálcio. O tratamento, comentou o Prof. Cossermelli, depende de cada caso e o diagnóstico tem na densitometria óssea a avaliação mais precisa. Desvios para menos em relação à massa óssea considerada normal à densitometria, mede, por assim dizer, a osteoporose. Na mulher em menopausa, dependendo do caso, pode ser feita suplementação hormonal estando alerta o médico no sentido de hormônios femininos não serem favorecedores de outras doenças como o câncer de mama por exemplo. Nestes casos assume grande importância os antecedentes familiares e o exame da própria mulher e a realização de mamografias, além do exame clínico, avaliação hormonal e do exame ginecológico. A imobilidade e o sedentarismo favorecem a osteoporose. É de uso corrente na terapêutica a utilização dos medicamentos bifosfonados e dos sais de cálcio. Entre as medicações mais recentes, utilizadas em casos especiais, deve ser citado o “teriparatide”, disse o Prof. Cossermelli. Trata-se de um derivado do hormônio da paratiróide.

A criança e o idoso

A equivalência da osteoporose na criança é o raquitismo, comentou a Dra. Esther Laudanna. Acentuou a importância da alimentação adequada, do aproveitamento do sol antes das 10hs da manhã e da suplementação de vitamina D antes do primeiro ano de vida. Comentou a osteoporose na terceira idade e seus riscos, bem como a importância das caminhadas para estimular a calcificação óssea. Lembrou o caso do astronauta que pela imobilidade teve fratura óssea. O cálcio é muito encontrado no leite e seus derivados e no iogurte. Fez referência ao uso abusivo de refrigerantes, alguns deles capazes de prejudicar a absorção de cálcio. Lembrou que é difícil a criança gordinha apresentar raquitismo ou osteopenia o que talvez lhe seja a única vantagem.

 

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