RELATIVO AO PROGRAMA APRESENTADO EM 21/08/2006 NA TV CULTURA
(Prevenção do Câncer Ginecológico)
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Dra. Esther Laudanna |
Prof. AA Laudanna |
Dra. Vera Delascio |
Quais os cânceres ginecológicos?
Os cânceres ginecológicos, de grande importância na mulher, compreendem essencialmente o câncer do útero, do colo do útero, das mamas e dos ovários. São causa de morte elevada nas mulheres e podem ser prevenidos com grande eficiência, de modo que a finalidade deste programa, divulgando conhecimentos médicos, no caso para as mulheres, tem imensa importância para a saúde pública e para a mulher, comentou o Prof. Laudanna. Para se ter uma idéia, no ano de 1999 nos Estados Unidos, ocorreram 176.300 canceres ginecológicos fatais. Estes números dão uma projeção, naquele ano, de 1 milhão de mulheres no mundo! São cânceres que avançam lentamente, o que favorece muito a prevenção. Já está a vista uma vacina contra o chamado papiloma vírus, que é causa de câncer do colo uterino. A vacina é eficiente e será aplicada no Brasil ainda este ano. Os cânceres do colo de útero são os mais freqüentes entres os cânceres ginecológicos. A realização do exame chamado Papanicolau, realizado durante o exame ginecológico e que consiste , apenas, num leve raspado do colo uterino, é altamente informativo, de grande valor na prevenção do câncer do colo uterino. Esse leve raspado traz muitas células que, observadas ao microscópio, apontam o início do câncer.
Idade da mulher e prevenção de câncer ginecológico
A vida sexual ativa requer vigilância maior em relação aos cânceres ginecológicos, comentou a Dra. Esther Laudanna. O papiloma vírus citado pelo Prof. Laudanna tem grande importância e mesmo outras infecções do colo uterino favorecem o câncer. A mulher a partir dos 40 anos deve submeter-se a exame ginecológico anual, realizando também o citado exame de Papanicolau. Entre a detecção dos primeiros sinais de câncer, até o aparecimento franco do tumor, decore um tempo longo, da ordem de 5 anos, o que torna a prevenção ainda mais significativa e importante. Embora a idade de 40 anos seja marco de controle assíduo, praticamente obrigatório, as moças e mocinhas, bem como as senhoras virgens, também devem permanecer sob supervisão médica. O exame de Papanicolau está disponível para a população em todos os postos de saúde, não havendo realmente barreiras importantes para que a mulher não se beneficie dos processos de prevenção do câncer ginecológico, que são relativamente simples e ao alcance da população.
Câncer de mama
A Dra. Vera Delascio, especialista da matéria, comentou que 25% das causas de morte na mulher por câncer, representam-se por câncer ginecológico. Os mais freqüentes são os do colo de útero, de prevenção simples mas que não deve ser descuidada. O câncer de mama é extremamente importante também. A mamografia, o ultrassom e a ressonância magnética auxiliam enormemente a segurança do médico e da mulher. A partir de 40 anos o exame ginecológico acompanhado de Papanicolau e a mamografia são indispensáveis. Entre os 20 e 40 anos o posicionamento do médico depende de cada caso, pois nessa faixa etária mais jovem, a incidência desses cânceres é significantemente menor. Na experiência da Dra. Vera Delascio, o auto-exame ou seja a percepção de sua própria palpação pela mulher, referindo-se à mulher não médica, é importante e revela a grande maioria dos casos de câncer de mama. Não se trata de tornar a mulher obsessiva, mas avisada de estar alerta ao que lhe é palpatoriamente diferente nas mamas, sobretudo durante o banho. A pesquisa do papiloma vírus inclusive a classificação dos diversos grupos de papilomas, o que é reconhecido pela técnica da captura híbrida, representam grandes avanços atuais. Além do câncer do colo, há o câncer do corpo do útero, existindo também câncer da vagina e da vulva. O câncer do ovário pode ser mais traiçoeiro e o é. Citou seu pai, famoso médico paulista, Prof. Domingos Delascio que costumava dizer que o câncer de ovário é a “ besta negra ” da ginecologia. Os tratamentos dos cânceres ginecológicos são geralmente cirúrgicos, mas não necessariamente de cirurgias de porte maior, muitas vezes até realizáveis em curtas internações. Os hormônios, o fumo e a obesidade são predisponentes do câncer.
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