SINTOMATOLOGIA
DA DOENÇA PÉPTICO-ULCEROSA
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Helicobacter
pylori |
Vistas
em conjunto as manifestações clínicas
das úlceras pépticas gastroduodenais
apresentam-se por dor, pirose epigástricas
ou retroesternal, regurgitação, "dor
de fome", hematêmese e melena.
DOR
A TRÊS TEMPOS
É
dor típica da úlcera péptica
duodenal. Trata-se de dor rítmica e periódica.
Diz-se rítmica em relação à
alimentação, no sentido de os alimentos
aliviarem ou suprimirem a dor. Fala-se então,
que a dor obedece ao ritmo.
DOE
COME PASSA
As úlceras gástricas também mostram
ritmo, não sendo incomum que a dor volte mais
precocemente do que na úlcera duodenal, descrevendo-se
como mais típico de úlcera gástrica
o ritmo a quatro tempos.
DOE
COME PASSA DOE
As
dores das úlceras pépticas gastroduodenais
são dores periódicas. Isto quer dizer
que, percorrido um período de dor da ordem
de 10 a 15 dias, a dor desaparece, para reaparecer
meses ou muitos meses após. Faz períodos
assintomáticos, donde se dizer periódica.
SINTOMAS
ASSOCIADOS
Além
do que é típico, como ficou acima exposto,
existem sintomas associados, determinados por fisiopatologias
diversas tipo pirose epigástrica ("queimação"
epigástrica), "cãibra" do estômago,
"dor de fome", "eructações e pirose
retroesternal.
LOCALIZAÇÃO
DA DOR
A
localização das dores das úlceras
pépticas gastroduodenais é tipicamente
epigástrica; são dores contínuas
de intensidade variável, não em cólica.
Tais dores, embora tenham predileção
pelo epigástrico, podem deslocar-se em direção
ao hipocôndrios e raramente ocupam a região
dorso-lombar. Essa localização pode
indicar periviscerite ou úlcera pós-bulbar.
A palpação profunda do abdome é
freqüente, no caso das úlceras pépticas
gastroduodenais, que a região epigástrica
seja eletivamente dolorosa.
MANIFESTAÇÕES
ATÍPICAS E COMPLICAÇÕES
As
principais complicações das úlceras
pépticas gastroduodenais são:
- Hemorragias
- Estenoses
- Perfurações
Os
sangramentos variam de grau, desde pequenos e "ocultos"
através das fezes, à hematêmese
e melena francas.
O
tratamento clínico-endoscópico tem solucionado
a maioria dos casos com complicação
hemorrágica, que já não são
mais primariamente cirúrgicos, havendo exceções.
As
estenoses, no seu limite máximo são
essencialmente cicatriciais e, antes dessa fase, passam
por períodos inflamatórios reversíveis.
As
perfurações ocasionam o abodome agudo
na apresentação clássica do "abdome
me tábua".
PERGUNTAS
E RESPOSTAS
Na
fase atual e moderna da terapêutica anti-úlcera
(bloqueadores H2, bloqueadores de bomba
protônica, combate ao "Helicobacter pylori",
etc.) ainda é importante conhecer a sintomatologia
clássica das úlceras?
Claro que sim. É verdade que medicamentos muito
eficientes têm modificado a história
natural das úlceras, mas o médico precisa
conhecer a clínica clássica para entrever
os diagnósticos diferenciais, atuar bem nas
complicações e na terapêutica.
Pode
acontecer de o câncer incipiente ser confundido
com úlcera péptica?
É situação rara mas pode. Há
anos passados, quando se punha essa dúvida,
fazia-se o teste terapêutico das quatro semanas,
prontamente seguido de novo exame radiográfico.
As endoscopias e biópsias atuais praticamente
afastaram de todo a possibilidade de erro, entretanto,
ainda pode ocorrer o não reconhecimento do
câncer. É preciso estar atento, mesmo
após melhora inicial com a terapêutica
e repetir-se a endoscopia no tempo oportuno, assistindo-se
a cura efetiva da úlcera. Existem casos difíceis,
embora raros nos quais por detrás da dita úlcera
péptica benigna, está assestado processo
neoplásico.
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