Ácido valpróico
Farmacologia básica – O ácido valpróico era usado no passado como solvente, descobrindo-se sua ação antiepilética a partir de 1963, sendo efetivo nas várias formas de epilepsia, quer nas convulsões típicas, motoras parciais, tônico-clônicas e mio-clônicas. Tem ação também nas ausências epiléticas. É de toxicidade pequena e reversível. Pode ser utilizado também como divalproato de sódio. O mecanismo de ação do ácido valpróico é direto na membrana dos neurônios. É utilizado por via oral na forma de comprimidos e xarope.
Dosagem – A dose inicial é de 10 a 15mg/kg/dia. O ajuste de doses é controlado inclusive por medida laboratorial de concentração no plasma. A dose máxima aceitável é de 60mg/kg/dia.
Indicações – Epilepsia em suas várias formas. Convulsão epilética. Na profilaxia de enxaquecas acompanhadas de disrritmias eletroencefalográficas.
Contra Indicações, efeitos colaterais e interação medicamentosa – Distúrbios gastrointestinais são freqüentes, geralmente sendo minimizados pelo uso de cápsulas entéricas. O medicamento pode favorecer o ganho de peso, particularmente em mulheres, havendo descrições raras de pancreatite, pseudo-demência e parkinsonismo. O ácido valpróico não interage com contraceptivos orais. Pode determinar trombocitopenia, promover alterações das transaminases hepáticas, reversíveis. O uso do ácido valpróico e do divalproato de sódio deve ser monitorizado clínica e laboratorialmente se utilizados em conjunto com outras drogas. Interações importantes ocorrem com a fenitoína, carbamazepina, fenobarbital, primidona, álcool, ácido acetilsalicílico, felbamato, meropenem, amitriptilina, nortriptilina, clonazepam, diazepam, etossuximida, lamotrigina, tolbutamida, topiramato, varfarina e zidovudina.
Denominação genérica – Ácido valpróico.
Comercialização exemplificada – Depakote, Depakote ER, Depakote Sprinkle e Depakene (Abbott), Torval CR, (Torrent), Valpakine (Sanofi-Aventis), Epilenil (Biolab Sanus), Valproato de sódio (Sigma Pharma e União Química).
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