EDITORIAL
Fim de 2001!
Este é o último
número da Revista de Gastroenterologia FUGESP deste ano.
Cumprimentamos todos
os que nos acompanharam e, sensibilizados pelo transcendente significado
do Natal, desejamos a todos Felicidades e Boas Festas.
Cumprimentamos também
a Astra Zêneca, agradecendo o apoio que sempre tivemos e parabenizando-a
mais uma vez pela síntese do esomeprazol, sucesso entre os PPis, como
se registra na literatura médica mundial.
Este número aborda
a questão do refluxo gastroesofágico com a crucial pergunta: deve-se
ou não se deve erradicar o Helicobacter pylori dessa doença de incidência
crescente? A erradicação do Helicobacter pylori não é tratamento do
refluxo gastroesofágico (GERD), o que não quer dizer que não possa ser
necessariamente erradicada a bactéria no GERD, dados os riscos que o
Helicobacter pylori encerra de doenças pépticas, linfomas e câncer.
Não há qualquer
comprovação que o GERD se agrave pela erradicação do Helicobacter pylori.
A questão de Nutrição
nos é apresentada pelas doutoras Cláudia de Oliveira Marques
e Esther Laudanna. O que é IMC ? Quais os sinais clínicos de desnutrição
na pratica gastroenterológica? Esses temas são abordados com propriedade.
O Gastroenterologista é da área da Nutrição, dos distúrbios metabólicos,
da Desnutrição e da Obesidade.
O Dr. Cláudio Hashimoto,
de reconhecida experiência, comenta o diagnóstico precoce do câncer
do esôfago. Analisa a utilidade do lugol, quando adequadamente utilizado,
como meio cromoendoscópico de revelar lesões precoces.
A imagem do número
é de minha casuística pessoal. A paciente foi estudada na década de
80 e havia sido operada para combater a obesidade mórbida através de
operação em que se deixava uma longa alça de delgado fora do trânsito
intestinal. A continuidade do delgado permanecia muito mais curta, donde
a má absorção e o emagrecimento. Essas operações (Payne e Scott) foram
abandonadas pelas complicações que acarretavam. A paciente em questão
foi reoperada, ocasião em que se obteve uma biópsia cirúrgica da porção
do delgado que se ligava ao sigmóide: o delgado tomava características
de cólon. As vilosidades do delgado se "achatavam", havendo proliferação
de células caliciformes como nos mostra a figura. Esta revista não descuida
de tirar das imagens as lições que contêm.
O diagnóstico do
caso - "Faça seu Diagnóstico" - diz respeito às icterícias. Como sempre
não discutimos esse diagnóstico para não lhe furtar, caro leitor, a
sua oportunidade de acerto e de treino.
Até breve. Bom Natal
e Feliz Ano.
Antonio A. Laudanna
Professor Titular de Gastroenterologia da FMUSP
Presidente da FUGESP
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