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Revista de Gastroenterologia da Fugesp - NOÇÕES BÁSICAS DO METABOLISMO DAS BILIRRUBINAS
Maio/Jun-2000

GASTROPATIA CONGESTIVA
Antonio A. Laudanna
Professor Titular de Gastroenterologia FMUSP

O termo gastropatia congestiva foi empregado por Mac Cormack e colabs. em 1985. A mucosa gástrica, na hipertensão portal, freqüentemente apresenta-se alterada, confirmando uma modalidade própria de gastropatia, praticamente sem expressão inflamatória, que assume diversos aspectos. Mac Cormack, já citado, refere formas moderadas e severas, classificando-as moderadas como escarlatiformes, eritematosas e com padrão "mosaico". A gastropatia congestiva severa é por este descrita nas apresentações em "red spots" (pontos vermelhos) e hemorrágica.

O citado pesquisador fez estes estudos em cirróticos. A contribuição brasileira a propósito deste assunto inicia-se com a dosagem de gastrina em cirróticos e esquistossomóticos portadores de gastropatia congestiva (Nadim Zihram Honaim - Tese FMUSP, 1985). Esse autor não encontrou diferença significante entre a gastrina sérica de cirróticos e esquistossomóticos e indivíduos normais.

Na pesquisa sobre gastrite congestiva em esquistossomóticos, é pioneiro o trabalho de Dalton Marques Chaves (Estudo comparativo de gastropatia congestiva em pacientes com esquistossomose e cirrose hepática - Tese FMUSP, 1995).

Suas conclusões baseadas no estudo de 43 pacientes são sumariamente as seguintes:

"O aspecto endoscópico em mosaico é o achado mais freqüente da gastropatia congestiva".

"Os aspectos endoscópicos de gastropatia congestiva são significantemente mais freqüentes nos cirróticos (81,8%) do que nos esquistossomóticos (33,3%)".

Suzane Cristine Almeida, em 1998, apresenta no Recife tese sobre o assunto; investigando 30 pacientes esquistossomóticos encontra a prevalência de 70% do aspecto em mosaico nessa gastropatia.

Quanto ao Helicobacter pylori, os trabalhos internacionais (Mac Cormack et Al., 1998) e (D'Amico et Al., 1990) registram no cirrótico incidência menor de presença do Helicobacter pylori na gastropatia congestiva.

Em esquistossomóticos, o tema é pesquisado por Almeida S.C.J., em 40% dos pacientes com hipertensão portal (n=160).

Em resumo, deve-se registrar que o Helicobacter pylori é menos incidente na cirrose e na esquistossomose em relação aos indivíduos normais. De qualquer forma, como nas gastropatias congestivas também ocorrem lesões e hemorragias, o emprego de bloqueadores de bomba protônica é muitas vezes providencial na terapêutica.

Antonio A. Laudanna
Professor Titular de Gastroenterologia da FMUSP
Presidente da FUGESP

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