EDITORIAL
A
Clínica das Doenças Péptico-Ulcerosas
transformou-se radicalmente nos últimos 20
anos. O conhecimento de agente bacteriano causador
de úlcera - Helicobacter pylori -, o surgimento
de drogas que inibem a bomba protônica, das
quais o Omeprazol é paradigma, foram os fatores
principais de todas essas mudanças de cenário.
Antes dessa fase, a caracterização da
doença péptica pela história
clínica da dor fazia prever, com elevado acerto,
a doença péptica que se iria encontrar.
Já não é mais assim.
Na
época atual, com a mudança de cenário,
o quadro clínico não é mais típico.
Por essa razão ficam recordados, nesta publicação,
os quadros clássicos da doença péptico-ulcerosa,
ainda úteis no diagnóstico diferencial
das dores epigástricas. Na atualidade o tratamento
das úlceras e gastrites é muito mais
eficaz. A imagem do "Helicobacter pylori", que encabeça
o artigo sobre o tema, representa bem a nova era iniciada
em 1983.
Ainda
nesta publicação, em outro artigo, a
Dra. Claudia de Oliveira, analisa as características
dos diagnósticos diferencias das duas moléstias
inflamatórias intestinais, proeminentes na
nossa época: Doença de Crohn e a Retocolite-ulcerativa.
A própria "imagem do número" ilustra
o tema.
O
"caso clínico" leva-nos á Hepatologia,
onde se enfoca o vírus C, as hepatites crônicas,
a cirrose hepática, com valorização
descritiva da biópsia do fígado. Conforme
as características desta revista, o diagnóstico
se revela sob o "click" no final do texto.
A
endoscopia em ação trata de assunto
que deve ser sempre alertado: o câncer gástrico.
Que este número lhe seja proveitoso, caro leitor!
Até
logo mais.
Antonio
A. Laudanna
Professor Titular de Gastroenterologia da FMUSP
Presidente da FUGESP
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