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Jornal de Gastroenterologia - CÓLON E RETO


CÓLON E RETO


III - DOENÇA HEMORROIDÁRIA - PARTE II (tratamento)

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O tratamento das hemorróidas baseia-se no grau de comprometimento do plexo hemorroidário e na sintomatologia referida pelo paciente.

Como relatado em Hemorróidas-Parte I, podemos classificar as hemorróidas em, pelo menos, três graus distintos, a depender de fatores anatômicos que levam ao prolapso. Por outro lado, esta classificação clássica não leva em consideração a sintomatologia clínica apresentada pelo paciente, o que, a nosso ver, deve sempre se sobrepor a qualquer outro fator. Assim sendo, é de fundamental importância atentar-se sobretudo às manifestações clínicas de cada caso para que se tomem as medidas cabíveis.

TRATAMENTO CLÍNICO

Embora alguns autores relatem que não seja necessário o tratamento de indíviduos ditos assintomáticos, entendemos, pelo menos do ponto de vista preventivo, que é imperativa a mudança de determinados hábitos dietéticos e higiênicos. Por exemplo, caso se identifique a presença de congestão venosa na região anal durante exame proctológico de rotina em um indivíduo assintomático, caberá ao médico orientar o paciente no sentido da correção de uma possível constipação intestinal (veja item I). Além das medidas dietéticas, deve-se indicar a lavagem da região anal com água e sabão neutro, de preferência glicerina, após o ato defecatório. Durante a lavagem, devem-se afastar fatores de irritação, sejam manuais e ungueais, sejam cremes e pomadas inapropriadas. Mesmo o papel higi&ecir c;nico pode ser irritante. Banhos de assento com permanganato de potássio (100 mg em 4 litros de água morna) são úteis.

O acompanhamento médico periódico é imprescindível, verificando-se a evolução clínica das hemorróidas, podendo-se evitar assim procedimentos cirúrgicos futuros.

Quando os sintomas são discretos, além de todas as medidas acima, podem-se administrar pomadas ou cremes que contenham policresuleno, corticosteróides e anestésicos. Pomadas que contenham derivados de vitamina A e vitamina D são úteis, porém dificultam a limpeza local devido a grande adesividade que possuem. As mesmas substâncias acima administradas sob a forma de supositórios, apresentam, em muitas situações, melhor resultado, uma vez que o contato das drogas com a mucosa retal e canal anal é mais prolongado e completo. Nas crises dolorosas agudas, no entanto, o uso de supositório nem sempre é possível pela dor provocada durante o introdução através do canal anal.

Este tratamento deve ser prescrito durante pelo menos 1 mês até o retorno ambulatorial do paciente, enfatizando-se a mudança de hábitos como vimos anteriormente.

Em situações outras como a gravidez, em que naturalmente ocorre aumento da incidência de hemorróidas, o tratamento deve sempre ser clínico, mesmo no caso da ocorrência de tromboses externas. Assim sendo, o obstetra tem um papel fundamental na orientação da gestante durante o período pré-natal com relação aos hábitos dietéticos e higiênicos.

PROCEDIMENTOS NÃO-CIRÚRGICOS

Os procedimentos tipo esclerose com solução de fenol a 5%, ligadura elástica, criocirurgia, coagulação por raios infravermelhos e ação por raios laser no tratamento das hemorróidas ao lado do tratamento clínico são de muita utilidade, pois evitam a hemorroidectomia radical em um grande número de casos. Existem atualmente várias modalidades terapêuticas que podem ser realizadas a nível ambulatorial, sem necessidade de internação.

O uso de um ou outro procedimento dependerá da não-resposta ao tratamento clínico, da intensidade sintomatológica referida pelo paciente, do grau de prolapso e, sobretudo, da experiência do médico com relação à técnica individual de cada procedimento.

Segue abaixo tabela descritiva dos procedimentos não-cirúrgicos:

PROCEDIMENTO HISTÓRICO INDICAÇÃO RESULTADOS
ESCLEROSE COM SOLUÇÃO DE FENOL A 5% Referências desde o início da década de 1930. Hemorróidas sintomáticas Graus I e II Rápido e eficaz. Recidiva pode ocorrer
LIGADURA ELÁSTICA Referências desde o final da década de 1950. Hemorróidas sintomáticas Graus I e II. Alguns casos de hemorróidas grau III. Satisfatórios. Deve ser evitada em pacientes imunodeprimidos devido a uma possível sepsis.
CRIOCIRURGIA Referências desde o final da década de 1970. Hemorróidas Graus I, II e III. Bons. Incoveniente: aumento de plicomas residuais.
COAGULAÇÃO POR RAIOS INFRAVERMELHOS Desde o final da década de 1980. Hemorróidas Graus I e II. Semelhantes a esclerose e ligadura elástica a longo prazo.
RAIOS LASER Década de 1990. Hemorróidas Graus I, II e III. Encorajadores.

PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS

O tratamento cirúrgico consiste na hemorroidectomia e está indicado somente se houver falha das medidas clínicas e de, pelo menos, um procedimento não-cirúrgico. A indicação da cirurgia reserva-se aos estádios avançados da doença. Como complicações cirúrgicas podem ocorrer estenose cicatricial e incontinência fecal.

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