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 Nutrição e Obesidade - Cirurgia Bariátrica e Metabolismo
Cirurgia Bariátrica e Metabolismo
 
Verdadeira novidade para meditação cautelosa é a análise atual, após l5 anos de experiência, da cirurgia bariátrica, tipo “by pass” em Y de Roux realizada sobre o estômago.
 
A questão não diz respeito apenas à significante perda de peso, que já está perfeitamente documentada, nem quanto à indicação medica, quando bem conduzida em centros especializados na aplicação desse método cirúrgico, com devido suporte clínico, no tratamento da obesidade. A visão abre-se para os resultados metabólicos e hormonais, máxime considerando-se o diabetes tipo 2.
 
Os resultados cirúrgicos inclinam-se muito a favor do procedimento, o que não deve favorecer precipitações médicas, mas, isto sim, não deixar o médico de meditar sobre o assunto até por razões metabólicas.
 
Já vasta literatura atual versa sobre o assunto, faltando, ainda, avanço maior nas análises comparativas entre tratamento clínico exclusivo e clínico-cirúrgico, com enfoque agora na questão metabólica.
 
Já se tem assegurado em bases clínicas sólidas a significativa atuação do procedimento cirúrgico em favor das condições metabólicas, tendo como parâmetros a glicemia, regulação hormonal e até mesmo casos de verdadeira cura do diabetes. Por outro lado, tem-se defendido a possibilidade vantajosa de se utilizar a cirurgia bariátrica não apenas em adultos, mas também em jovens adolescentes. Alguns enfoques da literatura consideram jovens moças com distúrbios gineco-hormonais, que são obesas e portadoras de ovário policístico, hemorragias disfuncionais, entre outras condições mórbidas. Os resultados apontam para melhora do equilíbrio hormonal e até mesmo o retorno à fertilidade e ovulação. Pode haver inclusive favorecimento para o setor ósseo.
 
Os males que acompanham a obesidade, como a hiperternsão arterial, infartos e anginas e, naturalmente, o diabetes, encontram propícia ação terapêutica com o método cirúrgico, que sempre será clínico-cirúrgico.
 
A cirurgia bariátrica de que falamos, que atua sobre o estômago, veio substituir as operações que encurtavam o delgado, deixando ampla alça cega anastomosada ao sigmóide. Era cirurgia iatrogênica, em bom tempo abolida.
 
A assistência clínica e psicológica, por vezes psiquiátrica, não podem faltar, desde antes do ato operatório, no período cirúrgico e após a realização do mesmo. O comer muito menos, como comanda o estômago reduzido, tem repercussões pscológicas ou psiquiátricas, além da adaptação à nova maneira de viver. Estes aspectos, considerados na literatura, não contraindicam o tratamento.
 
Ainda há muito o que estudar na área. Deixo referida importante revisão, com lO anos de seguimento de Iamerigo Iaconelli e Simona Panunzi e colabs., da Universidade Católica de Roma. (Iaconelli, A e Panunzi S et al. Effects of bilio-pancreatic diversion on diabetic complications. Diabetes Care 20ll;34:56l-567).
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