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 Relativo ao Programa Apresentado em 30/10/2006 na Tv Cultura (Colites e cólon irritável)
RELATIVO AO PROGRAMA APRESENTADO EM 30/10/2006 NA TV CULTURA (Colites e cólon irritável)
 
 

Dr.Carlos Felipe Bernardes Silva

Prof. AA Laudanna

Dra. Esther Laudanna

Dr.Carlos Felipe Bernardes Silva

Prof. AA Laudanna

Dra. Esther Laudanna

 
 
Colites

As colites são irritações dos cólons. O cólon é a última porção do intestino e mede um metro ou pouco mais no adulto. É também chamado intestino grosso. Quando o cólon e mesmo o intestino “fino” (delgado) estejam irritados por diversas causas, a pessoa tem colite. Os médicos denominam de cólon irritável. Intestino irritável e cólon irritável são a mesma coisa. No cólon irritável não existe lesão orgânica tipo tumor, pólipo, câncer e etc. Os exames de laboratório também são negativos, inclusive o exame de fezes. A pessoa sofre dolorimento abdominal, dorzinha que se desloca pelo abdome, tem ruídos abdominais aumentados, distensão do abdome e alteração do ritmo intestinal. É comum que a pessoa apresente diarréia por poucos dias que se alterna com intestino preso. É freqüente também que com as fezes se elimine um muco, como se fosse um muco nasal. É por isso que o cólon irritável foi também chamado de colite mucosa. As fezes ficam pastosas, levemente diarrêicas ou presas. O cólon irritável tem diversas causas, disse o Prof. Laudanna. Essas causas podem ser identificadas e a pessoa alcançar a cura. Entre as causas estão erros na maneira de comer, falta ou excesso de fibras e, por vezes, causas neuropsíquicas como a depressão. O assunto foi também comentado pelas Dra. Esther e pelo Dr. Carlos Felipe Bernardes Silva. É importante que a pessoa não deixe passar doenças graves tipo câncer do cólon, confundindo-o com cólon irritável. Prevenir o câncer dos cólons, que é um câncer freqüente, é uma campanha de todo o mundo médico. É fundamental que a pessoa procure o médico para que ele exclua doenças orgânicas, firme o diagnóstico de cólon irritável e aponte sua causa e tratamento. O tratamento dependerá de conhecer a causa e a cura também.

Intolerância ao leite e derivados

A intolerância ao açúcar do leite é uma causa de cólon irritável. A pessoa, praticamente sempre adulto, pode ter falha na digestão do açúcar do leite que é chamado lactose. Esse açúcar, por esse defeito, não é suficientemente transformado em glicose e galactose, permanecendo livre no intestino. As bactérias intestinais aproveitam essa lactose livre com produção de gás e irritando o intestino. A intolerância ao leite se estende aos derivados do leite, aos doces, etc. A pessoa apresenta formação de gases e sintomas de colite. Existem exames específicos, não complicados, para que o diagnóstico de intolerância ao leite seja feito, comentou o Dr. Carlos Felipe Bernardes Silva, dando dados de seus estudos em colaboração com o Prof. Laudanna e realizados no Hospital das Clínicas de São Paulo. A freqüência de intolerância à lactose é alta, podendo chegar a 40% dos indivíduos que apresentam cólon irritável. Há também uma influência hereditária nessa intolerância ao leite.

As crianças

As crianças muito excepcionalmente podem apresentar intolerância ao leite, mesmo porque o leite é o principal alimento da criança. O bebê cresce muito bem até os 2 anos de idade apenas com o leite materno, que lhe é essencial, apontou a Dra. Esther Laudanna, pediatra e nutróloga. É preciso diferenciar intolerância ao leite de intolerância ao leite de vaca na criança, que são coisas diferentes. A intolerância ao leite de vaca é uma intolerância à proteína do leite de vaca e não à lactose. Para se compreender, é uma espécie de comportamento alérgico, de rejeição a uma proteína a qual determinadas crianças não se adaptam. O pediatra tem que estar atento para fazer o diagnóstico da cólica do bebê para não confundir coisas simples com diagnósticos complicados. Por exemplo: sendo o estômago da criança pequeno, a mãe geralmente levanta a criança para que ela tenha seu arroto normal, o que dá conforto imediato ao nenê. O refluxo do conteúdo do estômago para o esôfago é fisiológico no bebê, diferentemente no que acontece com os adultos, explicou a Dra. Esther.
 
 
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