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 Relativo ao Programa Apresentado em 15/01/2007 na Tv Cultura (Terceira idade)
RELATIVO AO PROGRAMA APRESENTADO EM 15/01/2007 NA TV CULTURA (TERCEIRA IDADE)
 

Dra. Esther Laudanna

Prof. AA Laudanna

Dra. Esther Laudanna

Prof. AA Laudanna

 
 
Terceira idade

Estar na terceira idade ou ser idoso é, em parte, uma questão de definição e, muitas vezes, “determinação” da legislação e dos regulamentos. O indivíduo é aposentado entre os 60 e 70 anos no caso do homem e dependendo do país; a mulher, com um pouco menos de idade. Muitas vezes o indivíduo se surpreende por isso, como se tivesse sido ceifado abruptamente e começa e envelhecer... Por aí se vê que o indivíduo pode resistir ao envelhecimento: aproveitar-lhe a experiência e procurar manter-se apto por tempo maior, fazendo recuar tanto quanto possível o desgaste físico e mental. Há uma idade cronológica e uma idade biológica, não necessariamente superponíveis. A palavra chrónos do grego significa tempo, portanto cronológica é a idade em número de anos vividos: é o tempo contado. A idade biológica vem de biós, também do grego, que significa vida e portanto, a idade biológica não necessariamente é igual à idade cronológica. Há indivíduos de 30 ou 60 anos que podem ser mais moços ou mais velhos em termos biológicos do que seus pares em idade. Todos os seres vivos estão sujeitos à lei natural de nascer, crescer, estar maduro, reproduzir-se, envelhecer e morrer. Falando em termos humanos, disse o Prof. Laudanna: todos passam pela pré- infância, pela infância, pela adolescência, pela idade adulta e reprodutiva e pelo envelhecimento que culmina na morte. A palavra culmina talvez seja melhor do que termina, pois que o indivíduo deve procurar aprimorar-se sempre e sempre, enfrentando também o envelhecimento, como se fosse uma doença, de modo a se proteger, pelo menos adiando as mazelas que lhe pertencem. Os órgãos mais atingidos pelo envelhecimento são as artérias que transportam sangue, o cérebro, a estrutura ósteo-muscular, articulações, pele e outros órgãos internos, além do cérebro. Já se disse que o indivíduo tem “a idade de suas artérias”, o que é bastante verdadeiro. A deposição de lípides e colesteróis na parede das artérias tende a obstruí-las, com prejuízo lento ou abrupto da circulação.

Mente, pele, ossos e músculos

A Dra. Esther Laudanna comentou a importância dos ossos e de sua calcificação, principalmente na mulher, na manutenção da capacidade física, assinalando que a osteoporose ou descalcificação óssea pode ser combatida, o que significa defender-se do envelhecimento. Na menopausa, assinalou, há queda de hormônios, com prejuízo para a calcificação dos ossos, o que representa a osteoporose. A oferta de cálcio durante a menopausa e na amamentação, ao lado do exercício físico e do aproveitamento do sol, bem como a oferta de vitamina D, são meios de combater e postergar com eficiência a osteoporose. O aproveitamento do sol é principalmente útil até as 10 da manhã, sendo que, prosseguiu a Dra. Esther, de quinze minutos a meia hora, já são significantes para a síntese de vitamina D que ocorre na pele sob a ação do sol. A pele se renova com rapidez e deve ser tratada, também se protegendo do sol, ao mesmo tempo em que precisa dele. Os recursos de proteção ao sol e os hidratantes, são de utilidade. A perda de massa óssea e de massa muscular são características biológicas do envelhecimento. Se não podem ser de todo evitadas, podem ser significantemente combatidas, incluindo-se aqui os exercícios físicos e o combate ao estresse oxidativo, principalmente através das vitaminas A, C, E. Essas vitaminas, entre outros antioxidantes estão principalmente na alimentação balanceada e, se necessário, podem ser suplementadas. A alimentação prosseguiu a Dra. Esther, não deve ceder a nenhum abuso, episodicamente tolerados pela pessoa jovem. Nada de excessos nas bebidas, nem no sal, nem no açúcar, nem nas gorduras. É preciso proteger o organismo e não provocá-lo com excessos. É preciso manter-se ativo com equilíbrio físico e mental.

Fatores de risco

Tudo que “ofende” a saúde favorece o envelhecimento, disse o Prof. Laudanna. Apontou como fatores de risco a obesidade, os vícios (álcool e fumo), a vida sedentária, o estresse de todo gênero e as doenças crônicas. Tratar-se das doenças crônicas tipo diabetes, não apenas lhe garante uma vida mais longa, mas uma aptidão mais longa, afastando, desse modo, o envelhecimento. No que diz respeito ao estresse, lembrou que o cultivo da mente e do espírito, da música, do lazer sadio, do não abandono do trabalho e o apoio nos verdadeiros valores humanos, são meios que favorecem a saúde e que, por corolário, combatem e afastam o envelhecimento. Voltando aos conceitos de idade biológica e cronológica, registrou que em termos estatísticos no Brasil, a população idosa, (com mais de 60 anos), era de 4% em 1940; passou a 9% no ano 2000, projetando-se que seja superior a 15% no ano 2020. Esses dados, como tantos outros apontados na literatura médico-populacional, mostram que os idosos então em crescendo, devendo-se, portanto, procurar recuar o envelhecimento no sentido de sua incapacitação, de tal modo que a vida do idoso lhe permita condições satisfatórias de aptidão física e mental. Referiu-se por fim, no caso dos homens, à supervisão das condições prostáticas com o início do envelhecimento, uma vez que a proteção desse órgão tem sido cada vez mais eficiente.
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