Dr. Nelson Forjaz	Prof. AA Laudanna	Dra. Esther Laudanna

 

 

O câncer de próstata é muito freqüente entre os homens, ocupando o segundo lugar entre os cânceres que mais atingem o homem, sendo o primeiro o câncer de pulmão. Nos Estados Unidos no ano de 2003, exemplificou o Prof. Laudanna, ocorreram 220.900 novos casos de câncer de próstata, dos quais 28.900 homens morreram. Trata-se de moléstia masculina, pois a próstata só existe no homem e localiza-se na parte inferior da bexiga envolvendo a saída da uretra. O Dr. Nelson Garcia de Moraes Forjaz Jr., renomado urologista e convidado especial, comentou que a exploração da próstata compreende três passos fundamentais: a pesquisa de PSA no sangue, o toque retal e o ultrassom da próstata. Explicitou que os processos malignos ocupam a parte mais externa da próstata, o que torna o toque importante, ressaltando que o denominado PSA é um marcador tumoral de maior importância. A tríade de procedimentos - PSA - toque - ultrassom - permite o diagnóstico de 90% dos casos de câncer de próstata ou de patologias outras, inflamatórias, como as prostatites. Não obrigatoriamente da prostatite se origina câncer, mas a prostatite pode favorecer câncer, disse o Dr. Nelson Forjaz. Acentuou ainda, que estando a próstata ao redor da uretra, junto à bexiga, os sintomas urinários acusam, freqüentemente o sofrimento prostático. Os sintomas que surgem referem-se à micção, com enfraquecimento do jato urinário, dificuldade de urinar, necessidades repetidas de micção, eventualmente ardor e mesmo dolorimento.

Câncer de próstata não é um “bicho papão” atualmente

Foi a expressão do Dr. Nelson Forjaz. De fato, a prevenção do câncer prostático mudou a história desse câncer, especialmente nos últimos dez anos e muito graças ao trabalho da própria mídia, que passou a divulgar os recursos médicos que permitem uma prevenção altamente eficiente. Salientou o Dr. Nelson Forjaz, que na verdade não existe prevenção, havendo sim diagnóstico precoce, que permite freqüentemente a cura. Por essa razão os homens já não têm o temor que antes tinham e procuram o urologista em tempo oportuno. Os clínicos gerais e os médicos de família, avançaram seus conhecimentos nessa área, encaminhando o paciente ao especialista no tempo adequado.

 

 

PSA, explicou o Prof. Laudanna, significa antígeno específico da próstata, em inglês Prostatic Specific Antigen, donde PSA. É uma proteína que a próstata produz em níveis baixos, que passam para o sangue, onde é medida. O tumor produz PSA e eleva a concentração sanguínea dele. O Dr. Nelson Forjaz comentou alguns valores de PSA no sangue: abaixo de 1,8 não se encontrar tumor; entre 1,8 e 4 pode ocorrer em 7% dos casos; entre 4 e 10, pode-se chegar até 70%. A elevação do PSA, indica que a próstata está sofrendo, podendo não se tratar de câncer. Os valores críticos são aqueles compreendidos entre 6 e 7, situação essa que muitas vezes, se o ultrassom e o toque não esclareceram, requer a biópsia da próstata, que mostra o tecido e mostra o câncer ao microscópio, se câncer houver. O tratamento do câncer, disse o Dr. Nelson Forjaz, consiste na retirada da próstata e quando o câncer está restrito à próstata, o indivíduo está curado. Outros procedimentos do tratamento são a radioterapia cuja irradiação visa destruir o tumor e tem bons resultados em 80% dos casos e a braquiterapía que consiste na implantação de “sementes” radiotivas na próstata, cuja irradiação visa destruir o tumor. A propósito de função sexual e cirurgia, quando foi interrogado a respeito, comentou o Dr. Forjaz, que sempre há alguma interferência, evidentemente mais importante com o avançar da idade, pois nesta situação, de idade mais avançada, a nutrição dos nervos está comprometida, porque a irrigação está afetada.

 

 

A Dra. Esther Laudanna comentou que os radicais livres, que são radicais químicos que agridem o tecido, comparando-os ao ferro que enferruja, podem favorecer todos os tumores, inclusive os tumores de próstata. A vida saudável, a boa alimentação, e o combate à obesidade são recursos que contribuem na prevenção de todos os cânceres. Salientou ainda o papel da mulher, da esposa, na prevenção do câncer de próstata de seu marido. A mulher aceita mais os cuidados de prevenção, já alertada para os cânceres ginecológicos, inclusive os de mama. Desse modo é comum que direcione o marido para os cuidados relativos a ele, no tocante ao tumor de próstata. O Dr. Nelson Forjaz enfatizou as palavras da Dra. Esther e comentou que a mulher induz o marido a se cuidar.